. Look do Dia . Profissão Repórter .


A vida de jornalista na cabeça de muitas pessoas - especialmente de jovens inexperientes que pretendem ingressar na faculdade de comunicação social -  é puro glamour. Muitos acham que o jornalista é o salvador da pátria, o dono da verdade, e não é bem assim. A começar pelo glamour que não tem quase nada a ver com essa profissão. Tá... vocês podem dizer que isso são palavras de uma jornalista desiludida. E são.

O que me fez ser jornalista, além da minha pouca experiência ao ter que escolher o que faria da vida aos 17 anos, foi o fato de que eu amava escrever e fui sempre uma apaixonada pelos livros, pelas boas histórias e pelos bons autores. Tanto que, mesmo sem remuneração nenhuma, o Flores no Deserto existe desde 2006 e está prestes a completar 10 anos de blog. E o post de hoje vai contar um pouquinho dessa rotina. Da minha profissão e quebrar alguns tabus e pensamentos tortos sobre "ser jornalista".

Todo profissional dessa área, invariavelmente, em algum momento - ou em todos - da sua carreira vai trabalhar muito e feito um louco. Cinco horas por dias, ou seis, ou até mais, mesmo que não permitido por Lei. Se for jornalista de impresso, vai ter que entregar diariamente três matérias apuradas e escritas de assuntos variados ou duas páginas - as vezes até 4 - completas pra não deixar o editor louco de raiva e não dá buraco na diagramação.

Às vezes você também trabalha feito louca, faz uma matéria bacana e ela é simplesmente cortada, ou reduzida, ou simplesmente não sai, porque de última hora entrou um comercial - e o comercial meus amigos, é quem manda nessa bagaça. E agora chegamos ao ponto crucial: todo jornalista, invariavelmente, vai trabalhar em algum momento, ou sempre, aos sábados, domingos e feriados. Enquanto sua família tá la curtindo, você tá lá, apurando algum fato, relevante ou não, porque tem que ter jornal no dia seguinte. Alguns profissionais tem a compensação financeira por tal feito, o que nada mais é do que justo, mas outros, nem isso.

Como eu sou apenas uma moça latino americana sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vinda de uma capital (Teresina no Piauí) para o interior (Jaraguá do Sul em Santa Catarina), esta é a minha realidade. Bem como tinha escrito na minha T-shirt. (ˆ__ˆ)

Trabalhei no último feriado, sexta-feira santa,  e escolhi um look que tinha que ser "de guerra". Eu e meu repórter fotográfico, acordamos 5h30 da manhã para acompanhar uma tradicional procissão que acontece aqui na cidade desde as 5h da manhã. Em peregrinação e relembrando o sofrimento do calvário de Cristo, mais de 5 mil fiéis sobem todos os anos o Morro do Rio Molha até a igreja que fica lá em cima rezando e agradecendo pelos pedidos e bênçãos alcançadas. E nós subimos também, estávamos lá para cobrir o evento. Falar com os organizadores, procurar personagens interessantes, convencê-los a dar entrevista e depois de tudo, voltar para casa e redigir essas histórias em uma matéria para duas páginas de jornal. Este é o segundo ano que eu trabalho neste feriado cobrindo o mesmo evento. 


Vamos ao look meio revóltis e sem cara?


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[ Foto: Cesar Junkes ]




T-shirt - Carmim
Legging - Plié
Casaco de lã - Dress To
Bolsa - Officium
Tênis - Nike ♥ 
Crachá - da Empresa
Caderno, Caneta e gravador do Iphone - indispensáveis





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[ Foto: Cesar Junkes ]

A foto de cima é a reprodução da foto de capa e da manchete do jornal do dia seguinte que deram destaque para a minha matéria. Então, para finalizar esse assunto, caras amigas que querem se dedicar a essa profissão, só posso dar um conselho: pensem bem, mas bem mesmo.

Se você não tiver como montar sua própria empresa, provavelmente vai trabalhar ganhando um piso salarial que em muito casos é um teto. Já que não existe em Lei o pagamento progressivo pelos anos de experiência nessa profissão. Claro que há mercados e mercados, há aquelas empresas que classificam os salários de acordo com a experiência: jornalista júnior (recém formado), jornalista pleno (com mais de 5 anos de profissão) e jornalista sênior (com mais de 10 anos de profissão). Mas isso, em raras exceções. 


Desculpa se eu desfiz as ilusões de alguém sobre o jornalismo, mas era o que eu queria ter ouvido de alguém da área quando fiz essa escolha. Se ainda assim, você achar que só será feliz sendo jornalista, boa sorte, de todo coração!

 

Beijos amigas e um caminhão de energias positivas para vocês, flores!
(ˆ__ˆ)


4 comentários:

  1. super interessante o post e saber mais sobre a profissao!

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    1. Obrigada flor! beijocas e feliz com sua visita! xoxo

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  2. Acho q já foi o tempo q se tinha glamour em alguma profissão , só na cabeça de quem tá de fora hahaha , independente da profissão temos é q ralar muito mesmo!!
    Beijos!

    Unhas Clássicas e Modernas

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    1. é isso mesmo Juliana, mas tem muita galera novinha que pensa que jornalismo é só aparecer na televisão, rss

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